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Aniversário de Fernando Pessoa

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Para ser grande, sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis

Parabéns, Guilherme!

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O Bichinho da Leitura

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O Bichinho da Leitura 
 Projecto de leitura em articulação curricular (turmas do 7º e do 8º ano)


Trabalhos de alunos realizados nas aulas de Educação Visual sob a orientação da professora Fátima Manuela Marques

Dona Amélia: a Rainha exilada que deixou o seu coração em Portugal

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Isabel Stilwell
 Uma rainha não foge, não vira costas ao seu destino, ao seu país. D. Amélia de Orleãs e Bragança era uma mulher marcada pela tragédia quando embarcou, em Outubro de 1910, na Ericeira rumo ao exílio. Essa palavra maldita que tinha marcado a sua família e a sua infância. O povo acolheu-a com vivas, anos antes, quando chegou a Lisboa. Admirou a sua beleza, comentou como era alta e ficou encantado com o casamento de amor a que assistiu na Igreja de São Domingos. A princesa sentia-se uma mulher feliz. Mas cedo começou a sentir o peso da tragédia. O povo que a aclamou agora criticava os seus gestos, mesmo quando eram em prol dos mais desfavorecidos. O marido, aos poucos, afastava-se do seu coração, descobriu-lhe traições e fraquezas e nem o amor dos seus dois filhos conseguiu mitigar a dor. Nos dias mais tristes passava os dedos pelo colar de pérolas que D. Carlos lhe oferecera, 671 pérolas, cada uma símbolo dos momentos felizes que teimava em não esquecer. Isabel Stilwell, autora best-seller de romances históricos, traz-nos a história da última rainha de Portugal. D. Amélia viveu durante 24 anos num país que amou como seu, apesar de nele ter deixado enterrados uma filha prematura que morreu à nascença, o seu primogénito D. Luís Filipe, herdeiro do trono, e o marido D. Carlos assassinados ao pleno Terreiro do Paço a tiro de carabina e pistola. De nada lhe valeu o ramo de rosas que tinha na mão e com o qual tentou afastar o assassino. Outras mortes a perseguiriam... D. Amélia regressou em 1945 a convite de António de Oliveira Salazar com quem mantinha correspondência e por quem tinha uma declarada admiração. Morreu seis anos depois em França, seu país natal, na cama que Columbano havia pintado para ela. Na cabeceira estavam desenhadas as armas dos Bragança.

Edição/reimpressão: 2010 | Editor: Esfera dos Livros | ISBN: 9789896262075
Entrevista com a autora


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É aluno na ESAM.
Tem 16 anos. 
Não mostra o rosto.
Diz poesia.
Admira Fernando Pessoa.


O RETRATO POSSÍVEL DE FERNANDO PESSOA

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     “Era um homem magro, com uma figura esguia; media 1,73 m de altura. O tórax era pouco desenvolvido, bastante metido para dentro, apesar da ginástica sueca que praticava. As pernas eram altas, não muito musculadas e as mãos delgadas. Um andar desconjuntado e o passo rápido, embora irregular, identificavam a sua presença à distância.

    Vestia habitualmente fatos de tons escuros, cinzentos, pretos ou azuis. Usava também chapéu, vulgarmente amachucado, e um pouco tombado para o lado direito.

    O rosto era comprido e seco. Por detrás de uns pequenos óculos redondos, com lentes grossas, escondiam-se uns olhos castanhos míopes. O seu olhar quando se fixava em alguém era atento e observador, às vezes mesmo misterioso. A boca era muito pequena, de lábios finos, e quase sempre semicerrados. Usava um bigode à americana que lhe conferia um charme especial. Quando falava durante algum tempo e esforçava as cordas vocais, um dos seus pontos sensíveis, o timbre de voz alterava-se, tornando-se mais agudo e um pouco monocórdico.

    Embora não muito dado ao riso, Fernando Pessoa tinha uma certa ironia e algum humor, sobretudo se estava bem disposto, o que acontecia algumas vezes quando os amigos mais próximos o desafiavam para jantares.

     O seu temperamento ansioso foi interpretado por alguns dos seus biógrafos como uma personalidade do tipo emotivo não activa. No fundo, era um tímido introvertido, dado a fortes instabilidades de sentimentos e de emoções.

    Era reservado e não gostava falar de si nem dos seus problemas, protegendo o mais possível a sua privacidade. Terrivelmente supersticioso, tinha momentos em que se comportava de uma forma enigmática e misteriosa, a que decerto não seria alheia a sua velha atracção pelo oculto, o esotérico e a própria relação metafísica que tinha com a vida.

    Sabe-se que Pessoa tinha algumas fobias: não suportava que lhe tirassem fotografias, não gostava de falar ao telefone e tinha terror às trovoadas. Sabe-se que coleccionava postais e que era filatelista. Para além de gostar de ler, e a sua biblioteca comprova os muitos livros que “devorou”, apreciava música clássica: Beethoven, Chopin, Mozart, Verdi e Wagner foram seguramente alguns dos seus compositores favoritos.

    Apesar da sua vida retirada, monástica quase, Pessoa teve amigos. Tal facto não é de estranhar porque era um homem bondoso, de uma grande nobreza de carácter, sempre disponível para ajudar os outros.”

in À mesa com Fernando Pessoa/Luís Machado; pref. Teresa Rita Lopes – Lisboa: Pandora, 2001.





Fernando Pessoa
Poesias Inéditas

Bem, hoje que estou só e posso ver
Com o poder de ver do coração
Quanto não sou, quanto não posso ser,
Quanto se o for, serei em vão,
Hoje, vou confessar, quero sentir-me
Definitivamente ser ninguém,
E de mim mesmo, altivo, demitir-me
Por não ter procedido bem.
Falhei a tudo, mas sem galhardias,
Nada fui, nada ousei e nada fiz,
Nem colhi nas urtigas dos meus dias
A flor de parecer feliz.
Mas fica sempre, porque o pobre é rico
Em qualquer cousa, se procurar bem,
A grande indiferença com que fico.
Escrevo-o para o lembrar bem.



Contributo da Professora Rosa  Lopes

A Maior Flor do Mundo

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Texto de José Saramago e ilustrações de João Caetano

«E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?»«Criando a ilusão de uma narrativa breve e simples (…) Saramago reflecte sobre a infância e a literatura a ela destina e revela uma esperança inabalável nas gerações mais novas.
In Casa da Leitura




+ sugestões de leitura


A Viagem do Elefante
«Queridas amigas, queridos amigos, com estas linhas apenas pretendi dar a notícia de que vamos ter um novo livro de Saramago para incorporar na nossa vida de leitores. Não vos decepcionará, pelo contrário, ireis lê-lo, estou certa, com a mesma emoção com que foi escrito e sobrevooa cada linha, cada palavra. Não é um livro mais, é o livro que estávamos esperando e que chegou a bom porto, o leitor. Salomão, o elefante, não teve tanta sorte, mas disso não falarei, aguardemos o Outono, e então sim: aí, em vários idiomas simultaneamente, poderemos comentar páginas, aventuras, desenlaces. Os materiais da ficção, que são também os da vida.»

Pilar

Gonzalo Torrente Ballester

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"Ballester é um dos renovadores da narrativa do séc. XX (…). Esta original versão do mito preferido do autor, escrita num estilo depurado e erudito, oferece um galã centrado sobretudo em lutar contra Deus."
in El Pais


   Escritor espanhol, Gonzalo Torrente Ballester nasceu a 13 de Junho de 1910, numa pequena aldeia da Galiza (Los Corrales de Serantes, em El Ferrol), mas sempre sentiu que tinha nascido na Idade Média de tal modo foi a sua imaginação influenciada pelas lendas rurais. Licenciou-se em Filosofia e Letras na Universidade de Santiago de Compostela e, posteriormente, em Direito e Ciências. Deu aulas em institutos de diversas cidades espanholas, sempre contagiando os alunos com o seu amor pela literatura, nomeadamente por Cervantes e pela figura de D. Quixote. Casou duas vezes. Teve onze filhos, escreveu mais de vinte livros e tinha uma biblioteca com cerca de 12 000 volumes.



   Em 1977 ingressou na Real Academia mas foi quando a sua trilogia Los gozos y las sombras (Os Prazeres e as Sombras, publicada entre 1957 e 1962) foi transformada numa série de televisão que ele se tornou reconhecido em toda a Espanha. Em 1991, também Crónica del rey pasmado (Crónica do Rei Pasmado, 1989) viria a ser adaptado ao cinema para o filme realizado por Imanol Uribe.



   Numa entrevista cerca de um ano antes de morrer afirmou: "Tive a sorte de ser dos poucos que conseguiram ver as duas faces da lua". Com efeito, a sua obra, irónica e original, sempre soube combinar, por um lado, a luz e a sombra, e, por outro, a racionalidade e a imaginação que o fazia encarar a realidade e o quotidiano como muito mais fantásticos que qualquer ficção.

   Faleceu no dia 27 de Janeiro de 1999.

Para uma informação mais completa clique aqui 
+ sugestões de leitura

Crónica do Rei Pasmado
La Princesa Durmiente va a la Escuela
Don Juan
http://www.wook.pt/ficha/don-juan/a/id/62433



Contributo do G.R. de Espanhol

Conversas de escritores - RTP

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Conversas de escritores - RTP

José Rodrigues dos Santos entrevista autores de livros





Ver entrevistas em:
http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/conversasdeescritores/


Peter Carey, Robin Cook, Isabel Allende, Paulo Coelho, Dan Brown, José Saramago, Paul Theroux, Amin Maalouf, Luís Sepúlveda, Ken Follett, Jeffery Deaver, Sveva Casati Modignani, Hubert Reeves, Romana Petri, Miguel Sousa Tavares , Ian Mcewan

Informação disponibilizada por Paulo Izidoro em Lista de Difusão RBE



 

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